Micro e minigeração distribuída: qual a diferença?

No contexto da geração de energia, micro e minigeração distribuída são termos frequentemente mencionados, mas muitas vezes há confusão sobre suas diferenças. Ambas representam formas de produção de energia elétrica em pequena escala, geralmente a partir de fontes renováveis, como a energia solar ou eólica. Neste guia, vamos esclarecer as distinções entre micro e minigeração distribuída. 

Vamos explorar as características, aplicações e benefícios de cada uma dessas modalidades, destacando suas diferenças em termos de escala, custo, complexidade de instalação e potencial de geração de energia. Compreender esses conceitos é fundamental para indivíduos e empresas que desejam investir em energia renovável e contribuir para um sistema elétrico mais sustentável e descentralizado. Vamos mergulhar nesse tema e entender as nuances entre micro e minigeração distribuída.

O que é a minigeração distribuída?

A minigeração distribuída é um sistema de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como solar, eólica ou hídrica, instalado em pequena escala próximo ao local de consumo. Nesse sistema, os consumidores se tornam também produtores de energia, geralmente por meio de painéis solares, turbinas eólicas ou pequenas centrais hidrelétricas. A energia gerada é utilizada para suprir as necessidades do próprio consumidor, podendo também ser injetada na rede elétrica, gerando créditos de energia que podem ser utilizados para abater o consumo em momentos de menor geração, como à noite ou em dias nublados. A minigeração distribuída promove a geração de energia limpa e renovável, reduzindo a dependência de fontes não renováveis e contribuindo para a sustentabilidade ambiental.

Qual é a diferença entre microgeração e minigeração distribuída?

A diferença entre microgeração e minigeração distribuída está principalmente relacionada à capacidade de geração de energia e à legislação que regulamenta cada modalidade.

A microgeração distribuída refere-se a sistemas de geração de energia com capacidade instalada de até 75 kW (quilowatts) para fontes como solar, eólica, hidráulica, biomassa ou cogeração qualificada. Geralmente, esses sistemas são instalados em residências, comércios e pequenas indústrias. Na microgeração, o excedente de energia pode ser injetado na rede elétrica, gerando créditos que podem ser utilizados para abater o consumo em momentos de menor geração.

Já a minigeração distribuída refere-se a sistemas com capacidade instalada de 75 kW a 5 MW (megawatts). Esses sistemas podem atender consumidores de médio porte, como indústrias de pequeno e médio porte, agronegócios, comércios e condomínios. Assim como na microgeração, o excedente de energia pode ser injetado na rede elétrica para geração de créditos.

Ambas as modalidades contribuem para a geração de energia limpa e renovável, além de proporcionarem economia e sustentabilidade ambiental. As diferenças estão principalmente na escala e na capacidade de geração de energia de cada uma.

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Quais são as 4 modalidades de geração distribuída?

As quatro modalidades de geração distribuída são:

  • Autoprodução ou autoconsumo remoto: nesta modalidade, o consumidor gera sua própria energia em suas instalações, podendo utilizar fontes renováveis como solar, eólica, hidráulica, biomassa ou cogeração qualificada. O excedente de energia gerado pode ser compensado em outras unidades consumidoras do mesmo titular, desde que localizadas em áreas geográficas distintas e atendidas pelo mesmo concessionário ou permissionário de distribuição.
  • Geração compartilhada: nesse modelo, várias unidades consumidoras se unem em um consórcio ou cooperativa e instalam um sistema de geração distribuída em um local diferente das unidades consumidoras. A energia gerada é distribuída entre os participantes de acordo com suas cotas de participação, e o excedente pode ser compensado nas faturas de energia dos consorciados.
  • Geração em condomínios: esta modalidade é semelhante à geração compartilhada, mas aplicada especificamente a condomínios residenciais, comerciais ou industriais. Os condôminos se unem para instalar um sistema de geração distribuída, e a energia gerada é distribuída entre os membros do condomínio de acordo com critérios estabelecidos.
  • Geração remota: nesse caso, a energia é gerada em um local diferente do ponto de consumo, mas vinculada a uma unidade consumidora específica. Isso é possível mediante contratos de geração distribuída celebrados entre o gerador e o consumidor, com o transporte da energia realizado por meio da rede elétrica.

Quais os benefícios da minigeração distribuída?

A minigeração distribuída, que envolve a produção local de energia em pequena escala, tem se mostrado uma alternativa promissora e sustentável para suprir parte das necessidades energéticas das residências, empresas e comunidades. Além de proporcionar uma fonte de energia mais limpa e renovável.

A minigeração distribuída oferece uma série de benefícios, incluindo:

Economia na conta de energia

Ao gerar parte ou toda a energia consumida em suas instalações, os consumidores podem reduzir significativamente os custos com energia elétrica, especialmente a longo prazo, uma vez que os sistemas de geração distribuída geralmente têm uma vida útil prolongada.

Redução da dependência da rede elétrica

Com a geração própria de energia, os consumidores tornam-se menos dependentes da rede elétrica convencional, o que pode proporcionar maior autonomia energética e reduzir os riscos associados a interrupções no fornecimento de eletricidade.

Contribuição para a sustentabilidade

A geração distribuída, especialmente quando baseada em fontes renováveis como a energia solar ou eólica, contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, ela promove a diversificação da matriz energética, reduzindo a dependência de fontes não renováveis.

Estímulo à geração de empregos e ao desenvolvimento local

A implantação de sistemas de minigeração distribuída pode impulsionar a criação de empregos locais, tanto na instalação e manutenção dos sistemas quanto na cadeia de suprimentos associada, como fabricação e distribuição de equipamentos.

Incentivos governamentais

Em muitos países, incluindo o Brasil, existem políticas de incentivo à geração distribuída, como linhas de financiamento subsidiadas, isenção ou redução de impostos, e programas de incentivo à instalação de sistemas fotovoltaicos e outras fontes de energia renovável. Esses benefícios tornam a minigeração distribuída uma opção atrativa tanto para consumidores residenciais quanto comerciais e industriais, contribuindo para um sistema energético mais sustentável, econômico e resiliente.

Conclusão

Em resumo, a diferença entre micro e minigeração distribuída está relacionada principalmente à capacidade de geração de energia e ao porte do sistema instalado. A microgeração refere-se a sistemas com capacidade de até 100 kW, enquanto a minigeração abrange sistemas com capacidade de até 5 MW. Ambas as formas de geração distribuída têm como objetivo principal fornecer energia limpa e renovável para consumo local, reduzindo custos com eletricidade e promovendo a sustentabilidade. Ao considerar a implementação de um sistema de geração distribuída, é importante avaliar as necessidades de energia da propriedade e escolher a opção mais adequada. Se desejar mais informações sobre micro ou minigeração distribuída, estamos à disposição para ajudar. Entre em contato com a Provenner para receber orientações personalizadas sobre energia sustentável.

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